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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Para os interessados em adquirir o "A Origem da Língua Portuguesa" aos balcões de livrarias, segue-se uma listagem com algumas delas. 

Livraria Les Enfants Terribles
Cinema Nimas
Av. 5 de Outubro, 42B
1050 Lisboa

Livraria Nun’Álvares
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre

Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, n.º 29
3000-300 Coimbra

Livraria Branco
Rua Dr. Roque Silveira, n.º 95
5000-630 Vila Real

Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém

Representações Online
Praça do Comércio, n.º 108
4720-337 Ferreiros AMR

Livraria BrincoLivro
Rua Alexandre Herculano, 301
3510 – 038 Viseu

Livraria Universo
Rua do Concelho, n.º 13
2900-331 Setúbal
  
Livraria de José Alves
Rua da Fábrica, n.º 74
4050-246 Porto

Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal

Nazareth e Filho
Praça do Giraldo, 46
7000-406 Évora

Livraria Graça
Rua da Junqueira, n.º 46
4490-519 Póvoa do Varzim

Aliete S Clara Brito
Avenida 25 de Abril, lote 24 R/C
8500-511 Portimão

Livraria Caravana 
Morada Sede: Av. 25 de Abril, Edf. Vila Flôr 6º 
 8100-596 Loulé 

Livraria Papelaria Meneses                             
Rua da Sobreira, n.º 206 Paços de Brandão
4535- 297 Aveiro     

Está disponível online no nosso site e na FNAC.PT,  Wook, na bertrand Online e no Sítio do Livro.

É possível, também, encomendá-lo em qualquer balcão Fnac, Book.it e Bertrand.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Da "balça" à "silva"


Hoje vou explicar uma evolução um pouco mais complicada. Não sei, apeteceu-me sair das coisitas mais banais e evidentes e mostrar aos mais interessados e inteligentes que as coisa quando se investigam a fundo são um pedacinho mais complexas. Mas opto ainda assim por facilitar...  
Parece-nos que as palavras "balça" e "silva" são bem diferentes. No entanto significam exatamente o mesmo. Uma "silva" é uma "balça", e um "silvado" é um "balseiro". Contudo os latinistas até lhes atribuem origens distintas, dizendo que "balça" teve origem em “balteu”, que significa “cinto, cintura” (o que parece ser de todo despropositado), e que "silva" nasceu da também latina palavra "silva".

Observem-se os seguintes elementos: 

em hebraico antigo “bls” significa “arranhar”; 
em acádio “baltu” quer dizer “planta espinhosa”; 

em latim a nossa ideia de “silva” é dada pelo termo “rubus”; 
o termo latino “silva” significa naquela língua “floresta, mata, bosque”, e está na origem da nossa palavra “selva”. 

Repare-se ainda que:

a palavra “balsa” tem a sequência consonântica “bls”; 
e que o termo “silva” tem a sequência consonântica “slb” (b=v),
que não é senão uma metátese da primeira.

Em relação ao termo acádio “baltu”, que significa “planta espinhosa”, será um dos muitos casos de evolução divergente do som “ts” para os sons independentes “t” e “s”. 
Portanto, é provável que tenha existido um antigo termo “blts” que divergiu para as palavras “blt” e bls”. A última sofreu uma metátese e passou a “slb”: a nossa “silva”. 

É assim que se pode recuar no conhecimento das línguas para conhecer a sua origem. Mas isto é realmente um pouco mais complexo...

domingo, 13 de abril de 2014

A PIADA QUE TEM A ORIGEM DA "PIADA"

A nossa palavra “piada” tem uma origem pouco comum. Evidentemente que o “pi” inicial provém do “p’” (ou formas próximas, como “pu”), que significa em fenício “falar, dizer”; já a parte final da nossa “piada”, o “ada” vem por certo de “ĥadu”, que em acádio e assírio significa “alegrar-se, alegria, alegre” (ou da forma equivalente do hebraico antigo – “ḥdh”). Assim a “piada é à letra “falar alegre”. 
O que aqui tem piada acaba por ser a explicação que usualmente se dá para a origem da palavra "piada": diz-se que se relaciona com o verbo "piar". Mais parece pensamento de passarinho...

domingo, 26 de janeiro de 2014

O Indo-Europeu e o Homem de Piltdown


O "homem de Piltsdown”, foi um fóssil “descoberto” em 1912 no Reino Unido e anunciado ao mundo como o fóssil do hominídeo que fazia a transição entre o macaco e o Homem. De algum modo provava ou pelo menos sugeria que o Ser Humano, a vida inteligente, tinha começado em terras de “Sua Majestade”. Este achado teve grande impacto na época e abafou mesmo descobertas sérias como a do Australopithecus africanus. Como poderia ser possível que a vida inteligente não tivesse começado em Inglaterra? Como se poderia aceitar que sua majestade descendesse dos africanos?
Contudo a descoberta foi desmascarada em 1953, quando os cientistas do museu e da Universidade de Oxford revelaram que o “homem de Piltdown” era falso. Suspeita-se que a mandíbula e o canino eram de um orangotango e foram colocadas junto ao crânio de um humano moderno. A verdade é como o azeite: acaba sempre por vir à tona!


O Indo-Europeu teve um nascimento com motivações semelhantes. Como se poderia aceitar que as línguas da Europa, as línguas das nações mais poderosas do mundo, tivessem nascido no Médio-Oriente? Jamais! Os nossos pais linguísticos e culturais não poderiam vir do sul, semitas, sabe-se lá se mesmo judeus!!! Por outro lado era bom associar o inglês às línguas das antigas elites indianas: se o sânscrito e i inglês eram parentes, estava justificado o direito ancestral dos ingleses ao domínio da Índia.
Os factos contudo mostram que as línguas do leste do Mediterrâneo antecedem e certamente deram origem às restantes do mundo ocidental. É verdade que em sânscrito  sarpaḥ significa “serpente”, e `que a raiz “serpe” é comum a muitas línguas europeias modernas com o significado de “serpente”, mas … em fenício “srp” também significa “serpente”. O mesmo acontece com muitas outras palavra com as quais se tenta demonstrar a existência de um ramo humano linguístico e cultural “indo-europeu”.
De facto não existe qualquer evidência histórica, arqueológica, ou mesmo genética desta construção teórica e ideológica a que se chamou “indo-europeu”, e por isso é melhor começar a repensar a questão com seriedade e espírito científico.

A verdade é como o azeite, mas às vezes demora algum tempo a vir à tona.