Costuma-se
classificar o português como língua latina. Mas o latim era a língua dos
conquistadores da Ibéria, não do seu povo. E o que é feito da língua que o povo
falava? Será que desapareceu sem deixar rasto? Ou pelo contrário ela ainda vive
entre nós, e convivemos com ela sem dar por isso, usando-a cada vez que falamos
ou escrevemos?
A
língua dos portugueses é parente próxima de línguas antigas do Mediterrâneo Oriental,
como o ugarítico, o acádio, o hebraico antigo ou o assírio, línguas próximas
entre si, a que por comodidade podemos chamar “fenício”. Essa língua antiga não
é apenas lembrança preservada em regionalismos, topónimos e pedaços de História
distante. Bem ao contrário, ela é a base da própria língua portuguesa, como o é
do castelhano, do catalão e mesmo do provençal (e por essa via do francês). Foi
trazida até ao sul da Europa pelo povo que se difundiu no Neolítico pela bacia
do Mediterrâneo, e que além do modo de vida sedentário, das sementes e animais,
tecnologias e crenças, nos deixou também de herança a sua língua.
Com
base neste novo conhecimento centenas de palavras cuja etimologia tem sido
mistificada, encontram esclarecida a sua origem. Depois deste estudo não se
poderá voltar a dizer que se desconhece a língua falada pelos nossos
antepassados.
O livro "A Origem da Língua Portuguesa" já está disponível nas livrarias, ou por exemplo em:
http://pesquisa.fnac.pt/ia428306/ALMEIDA-FERNANDO-RODRIGUES-DE
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