Entre os topónimos de muito grande antiguidade que correspondem a obras do Homem ainda hoje reconhecíveis, vale a pena referir os que têm origem no radical fenício "sbr", que significa "amontoar, fazer um monte". Chegaram a nós após evolução de milhares de anos sobretudo nas formas "sobro" e "zebro", e estão claramente associados a mamoas e antas ou dólmens. É claro que os nomes "sobro" ou "zebro" foram criados no momento em que as construções foram realizadas, ou seja durante o neolítico e calcolítico, e por isso correspondiam ao processo construtivo - "amontoar, fazer montes". Já a palavra que hoje usamos, "mamoa", existe pela semelhança à "mama", ou seja, foi criada tendo em conta apenas a sua forma e não o seu conteúdo interior ou o processo construtivo. É por isso um termo muito mais recente.
Não será necessário dizer que existe um número anormalmente grande de mamoas e antas em Portugal que estão em locais conhecidos como "Zebro", "Zebra", "Sobro", etc.
Este novo conhecimento poderá ajudar os arqueólogos a encontrar
monumentos megalíticos até agora desconhecidos, mas também a detetar as
situações em que antigos monumentos foram completamente arrasados, e deles nada
sobrou a não ser o nome.
Caro professor Fernando Almeida parabéns pelo trabalho de investigação toponimica. Também concordo com a linha de investigação de uma origem diferente do latim. Contudo discordo da origem no oriente ou "fenicia" o mais adequado, seria uma evolução comum de ambas as linguas "fenicias" e "cónias" faladas na peninsula Iberica em especial na região que é hoje Portugal desde os primeiros povos que começaram a construir os monumentos megaliticos.
ResponderEliminarE isto porque, por exemplo, em relação aos toponimos "Zebro" e "Sobro" deste post também deveriamos juntar a palavra "zebro" utilizada para designar uma espécie de animal iberico extinto, classificado entre burro e cavalo, com listas no dorso e utilizado pelos descobridores portugueses do sec XV para designar as atuais zebras de africa.
Se notarmos na terminação de Zebro será "ebro" exatamente o nome do rio que deu o nome á peninsula o rio Ebro na Catalunha e que por sua vez vem da palavra Ibero nome que teve o Rio Tinto na Andalusia. Bem, depois temos a origem da palavra Ibero...
Também sou um "aficionado" da origem toponómica mas o meu foco é essencialmete o orónimo Arrábida que relaciono com as letras A R e B sendo o "da" o resultado da latinização da palavra Arrábi resultante das referidas letras com o significado respectivamente de A- montanha, Rá - Sol (Direcçaõ do sol) e Bi dois (ou duas). Esta é a explicação mais racional que encontro para a origem do nome e significado das duas montanhas avistadas na direcção do sol ( mas só ao entardecer) da mesopotamia Iberica - termo cunhado pelo arqueologo MAnuel Calado para designar a região entre os rios Tejo Guadiana a Sado ( densamente povoada de construções megaliticas).
Esta linha de raciocinio conduziu-me ao que designo pelo Paradigma Arrábida. Assim, utilizando este paradigma chego á conclusão de que o topónimo Évora não é mais do que a evolucão das letras A, B, O e R. onde a primeira letra evoluio para a letre E resultando na Ebora dos romanos. Donde este abecedário megalitico, as quatro primeiras letra pronunciadas Abora o Deus dos Guanches e de muitos outros povos espalhados pelo mundo a origem dos próprios Hebreus e dos Iberos.
Claro que um post não dá para esclarecer todos os pontos mas creio ter resumido o essencial. Dai que falarmos numa origem oriental ou Iberica da lingua não traduz a história da nossa, nem de nenhuma lingua falado no mundo com contatos culturais com outras linguas. As linguas são como os rios; têm várias nascentes a desaguar numa foz ou boca comum.