É pouco crível que o termo “rapaz” tenha origem na palavra latina “rapace”, que significa “ladrão”. De resto a palavra “rapariga” seria uma forma muito estranha de feminino de “rapaz”, e a ter evoluido de "rapaz" significaria então algo como "ladra", o que não parece ser aceitável.
De facto “ḥrph” significa em fenício “juventude” e “øz” (ãez) é ser forte. Assim, “rapãez” significa eventualmente “jovem forte”. Já a palavra “rapariga” conta com a mesma raiz “ḥrph” que significa “juventude”, mas complementa-se com a palavra fenícia “rk”, que significa “delicado, tenro, macio, ternura, delicadeza”. Assim, “rapãez”, que significa “jovem forte” deu certamente origem ao nosso “rapaz”; já “raparek”, que significa “jovem delicada” veio provavelmente a dar origem à nossa “rapariga”. Nesse caso ter-se-ia perdido o ḥet inicial da palavra, o que é aceitável por se tratar de um som gutural aspirado que é de todo inexistente no português.
Há também a possibilidade de tanto a palavra “rapaz”, como a palavra “rapariga” provirem do termo fenício “rbh” que significa “criar (filho)”. Nesse caso “rapaz” seria “criar filho forte”, enquanto “rapariga” seria “criar filho delicado”.
Em qualquer dos casos vamos esquecer os ladrões...
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