sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A antiga língua do povo e a arqueologia



Folha número 279 da Carta Militar de Portugal

O conhecimento da antiga língua que, conjuntamente com o latim, deu origem ao português atual, vai permitir ajudar os arqueólogos na procura de vestígios do passado.
No caso do fragmento de mapa que se junta, quem quiser encontrar uma fortaleza antiga pode pesquisar o cabeço chamado “Raposa”. Se repararem verão que a casa junto se chama “Cardoso” e está numa região chamada “Tapada dos Guerreiros”. O interessante é que o nosso “cardoso” deve ter nascido de “qaradu oz”, que significa em fenício “fortaleza do guerreiro”.  
Neste caso o “Raposa” deve ter vindo de “rabo oz”, que quer dizer “fortaleza grande”.
Há muitos dezenas de “Cardos”, “Cardosa”, “Cardoso”, e outras palavras da mesma família. Não se pense contudo que todas elas terão sido semelhantes aos castelos medievais que preenchem o imaginário de alguns... Em muitos casos terão sido apenas casas de chefes locais, mais ou menos fortificadas, mas que podem ter deixado pouca marca perene no terreno.

Em qualquer dos casos, não usar o que já se sabe sobre a língua dos nossos antepassados é no mínimo um desperdício.

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