Boa parte dos antigos povoados tinha algum tipo de fortificação protetora dos moradores e seus bens. Essa característica por vezes ficou registada no nome pelo qual ainda hoje se conhece a povoação. No filme cujo endereço dou mais abaixo refiro alguns deles, como seja "Mós", "Castro", "Aljustrel", etc. No entanto há outros que não refiro nesse video.
http://www.youtube.com/watch?v=uLTRk8pM8Jk&feature=BFa&list=UUs-qL8gn0GLE2TJf02-r2kA&lf=plcp
Espero que gostem
Alguém acredita que depois da conquista pelos romanos, os povos da Ibéria esqueceram a sua língua e passaram a falar a língua dos seus inimigos?
sexta-feira, 13 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
Quando ainda não havia a palavra
Desculpem-me a franqueza.
Não costumo ter acessos destes, mas hoje deu-me para aqui. Se tem noção de que sempre foi um bom aluno porque decorava páginas a eito, mas também sempre se mostrou incapaz de ir além do que afirmam os autores consagrados, e se os venera como a santos no altar, então vá por exemplo "empinar" a lista telefónica ou qualquer outra coisa igualmente criativa, e não perca tempo com as linhas que se seguem, que eu hoje escrevo só para pessoas inteligentes.
Provavelmente poucas pessoas serão capazes de entender efectivamente e em profundidade a origem da língua portuguesa, origem que radica numa língua possivelmente chegada a este limite do velho mundo no Neolítico (ou em tempo muito remoto, como o Calcolítico ou a Idade do Bronze), e que por se conseguir entender e traduzir a partir de línguas como o ugarítico, o hebraico antigo, o acádio, etc., vou chamando de fenício. Também é cedo para vos dizer que aquela história do indo-europeu, conforme nos tem sido contada, é fraude de Europa do norte, germanófila e com complexos de inferioridade histórica... um dia poderei explicar isso, que para já poucos serão capazes de abrir o espírito até aí.
Hoje, vou dar umas dicas sobre a origem da línguagem humana, e relacionar isso com a escrita do sudoeste, mas sei que ainda assim poucos serão capazes de compreender... Vou simplificar...
A língua dos homens começou certamente como começam as línguas dos outros primatas. Para ser entendível vou dar exemplos. Admita-se que o som "a" se refere a algo elevado (até pela posição do aparelho fonador) e o som "ô" se refere a algo baixo; que o som "g" corresponde naturalmente a um som que se produz quando existe medo ou repulsa por algo. Assim, "ga" será algo que se teme ou se repudia num local alto, enquanto que o som "gô" será referente qualquer coisa que se teme ou repudia num sítio baixo. Mas se o som "m" corresponder a água ou líquido no geral, então "ma" ou "am" será "água num sítio alto", e "môg" será possivelmente "água estragada ou perigosa num local baixo". É basicamente isto que se pode verificar dos estudos de etologia feitos com primatas, em especial com os "macaca nigra" de Sulawesi, foi certamente assim que se iniciaram as línguas humanas, e esta lógica ainda está presente nas línguas antigas a que me refiro como "fenício".
É claro que no caso do Homem a língua tornou-se cada vez mais complexa e abstrata, e essa complexidade e a aplicação de sons a sentimentos e outras realidades imateriais tornou-se comum. Quem pegue num dicionário de fenício, com ele estude (estudar no sentido de procurar compreender, não de empinar) as línguas que dele constam, e tenha menos preconceitos que o vulgo, rapidamente perceberá que as línguas nele tratadas ainda mostram estas características.
Se realmente perceber essa realidade, verá que a "palavra", enquanto entidade autónoma e independente do discurso, nem sempre existiu, e com um pouco mais de capacidade de usar a cabecinha, começará a perceber que a "escrita do sudoeste", que apresenta sequências de símbolos alfabeticos sem separação em palavras, se adequa exactamente a esta situação: a língua em que as pedras foram escritas ainda não tinha completamente bem definida essa entidade a que chamamos "palavra", e que nos parece hoje nuclear e insubstituível no discurso. Se fizer um esforço poderá mesmo perceber o que as inscrições dizem (usando para isso o valor fonético dos símbolos que apresento no "O Outro Lado da História" e o Dicionário de Fenício-Português de Moisés E. Santo).
Mas se calhar ler a lista telefónica é uma opção mais interessante e menos cansativa. Ainda bem que há gente para tudo...
Não costumo ter acessos destes, mas hoje deu-me para aqui. Se tem noção de que sempre foi um bom aluno porque decorava páginas a eito, mas também sempre se mostrou incapaz de ir além do que afirmam os autores consagrados, e se os venera como a santos no altar, então vá por exemplo "empinar" a lista telefónica ou qualquer outra coisa igualmente criativa, e não perca tempo com as linhas que se seguem, que eu hoje escrevo só para pessoas inteligentes.
Provavelmente poucas pessoas serão capazes de entender efectivamente e em profundidade a origem da língua portuguesa, origem que radica numa língua possivelmente chegada a este limite do velho mundo no Neolítico (ou em tempo muito remoto, como o Calcolítico ou a Idade do Bronze), e que por se conseguir entender e traduzir a partir de línguas como o ugarítico, o hebraico antigo, o acádio, etc., vou chamando de fenício. Também é cedo para vos dizer que aquela história do indo-europeu, conforme nos tem sido contada, é fraude de Europa do norte, germanófila e com complexos de inferioridade histórica... um dia poderei explicar isso, que para já poucos serão capazes de abrir o espírito até aí.
Hoje, vou dar umas dicas sobre a origem da línguagem humana, e relacionar isso com a escrita do sudoeste, mas sei que ainda assim poucos serão capazes de compreender... Vou simplificar...
A língua dos homens começou certamente como começam as línguas dos outros primatas. Para ser entendível vou dar exemplos. Admita-se que o som "a" se refere a algo elevado (até pela posição do aparelho fonador) e o som "ô" se refere a algo baixo; que o som "g" corresponde naturalmente a um som que se produz quando existe medo ou repulsa por algo. Assim, "ga" será algo que se teme ou se repudia num local alto, enquanto que o som "gô" será referente qualquer coisa que se teme ou repudia num sítio baixo. Mas se o som "m" corresponder a água ou líquido no geral, então "ma" ou "am" será "água num sítio alto", e "môg" será possivelmente "água estragada ou perigosa num local baixo". É basicamente isto que se pode verificar dos estudos de etologia feitos com primatas, em especial com os "macaca nigra" de Sulawesi, foi certamente assim que se iniciaram as línguas humanas, e esta lógica ainda está presente nas línguas antigas a que me refiro como "fenício".
É claro que no caso do Homem a língua tornou-se cada vez mais complexa e abstrata, e essa complexidade e a aplicação de sons a sentimentos e outras realidades imateriais tornou-se comum. Quem pegue num dicionário de fenício, com ele estude (estudar no sentido de procurar compreender, não de empinar) as línguas que dele constam, e tenha menos preconceitos que o vulgo, rapidamente perceberá que as línguas nele tratadas ainda mostram estas características.
Se realmente perceber essa realidade, verá que a "palavra", enquanto entidade autónoma e independente do discurso, nem sempre existiu, e com um pouco mais de capacidade de usar a cabecinha, começará a perceber que a "escrita do sudoeste", que apresenta sequências de símbolos alfabeticos sem separação em palavras, se adequa exactamente a esta situação: a língua em que as pedras foram escritas ainda não tinha completamente bem definida essa entidade a que chamamos "palavra", e que nos parece hoje nuclear e insubstituível no discurso. Se fizer um esforço poderá mesmo perceber o que as inscrições dizem (usando para isso o valor fonético dos símbolos que apresento no "O Outro Lado da História" e o Dicionário de Fenício-Português de Moisés E. Santo).
Mas se calhar ler a lista telefónica é uma opção mais interessante e menos cansativa. Ainda bem que há gente para tudo...
segunda-feira, 2 de abril de 2012
PALAVRAS PORTUGUESAS DE ORIGEM FENÍCIA INICIADAS PELA LETRA "D"
DECORAR
Dizem os dicionários que o verbo
“decorar” provém de “de+cor+ar”, sendo este “cor” proveniente do termo latino
“cor” que significa “coração”. É certamente mais um caso de uma etimologia
errada, pois está bem de ver que a ideia de “coração” tem pouca relação com o
“saber de memória”. Por isso, penso que será muito mais provável que a origem
da nossa palavra “decorar” esteja em “qr’ ”, já que “qr’ ” significa em fenício
“recitar”. É evidente que essa ideia de “recitar” pode facilmente estar na
origem do nosso dizer de "cor”, portanto "dizer de cor" é "dizer recitando". Daí o nascimento do nosso verbo "decorar".
DEGREDO
A palavra “degredo” possivelmente
provém de “daku redu”, que significa à letra “seguir a direcção do desterro”. A
origem que geralmente é apontada para a origem desta palavra, em “decreto”, termo latino que significa “decisão, decreto”, parece
assim não ter sentido.
DEFEITO
A palavra latina “defectu” tem sido dada como origem da nossa palavra portuguesa “defeito”. A evolução fonética entre as duas formas não oferece qualquer problema, no entanto este termo latino “defectu” significa “desaparição; eclipse; defecção”, o que não corresponde à nossa noção de “defeito”. Na verdade a origem da nossa palavra deve estar no termo fenício “dfiøwt” (defiãeôt) que significa precisamente “defeito" ou "mácula que transtorna”.
DELIDO
A palavra
“delido”, que significa em português “desfeito, arruinado, roto, gasto” tanto
pode provir do fenício “dlt”, que significa “debilidade, pobreza”, como ter
origem no termo latino “diluere”, que significa “dissolver, diluir,
enfraquecer”. O mais certo é que neste e em muitos outros casos tenha havido
uma evolução convergente dos termos latino e fenício para originar a actual
palavra do português.
DERRAMAR
O nosso verbo português “derramar”,
quando significa “entornar, espalhar”, ao contrário daquilo que geralmente se afirma nos dicionários, não provém de “ramo”. A sua origem é
certamente “drrmh", que significa em fenício de” que significa “arremessar fluido”.
DERREAR
“Derrear”, é “fazer vergar as
costas, torcer, curvar-se, etc.”. Evidentemente que o termo não tem origem em
“renes”, que significa “rins” em latim, conforme pretendem alguns autores. A
palavra é de origem fenícia e provém do radical “t’r” que significa “encurvar,
dobrar” (este é um dos muitos casos em que o "t" fenício evoluiu para o "d" português.
DERROTAR
Aceita-se que a palavra
“derrota”, e o verbo “derrotar” tenham origem no termo latino “rupta”,
particípio passado feminino de “rumpere”, que significa “romper, separar”. No
entanto ambos devem provir do fenício, de “t’ rdd” (com metátese passou a
“ddrt’”), que significa precisamente “atacar e subjugar”, “atacar e submeter”
ou “atacar e repelir”, e nada tem que ver com a ideia de “romper”. Pode no
entanto o termo português provir apenas do termo fenício “rdd”, que após
metátese pode ter passado a “drd” e “drt”, apenas com o significado de
“repelir, subjugar ou submeter”.
DIQUE
A origem geralmente proposta para
esta palavra é “dijk” (holandês). No entanto, em fenício, “diq” é “trincheira”,
e parece mais provável que a palavra/conceito tenha surgido no próximo oriente,
pois já haveria diques aí muitos milhares de anos antes dos primeiros diques
holandeses terem sido construídos.
DIREITA (rua)
O “direito” no sentido de “recto”
terá certamente origem no termo latino “directu”, que significa precisamente
“em linha recta”. Já as várias “rua direita” que existem em outras tantas
cidades portuguesas, e que são frequentemente tudo menos direitas, terá origem
em “drk”, que significa “caminho”, ou mais provavelmente, em “drkt”, que
significa “domínio, poder”. As “ruas direitas” são as ruas que conduzem ao
centro de poder das cidades, e logo a sua origem nada terá que ver com o termo
latino “directu” (em linha recta), mas antes com o fenício “drkt” (caminho do
poder).
DÓ (ter)
Ter “dó” é “ter pena, ter
compaixão, ter piedade”. Diz-se que provém do “dolo” que é “latim tardio” (isto do "latim tardio" é uma invenção dos latinistas para classificar de latinas a palavras que não o sendo efetivamente aparecem em textos medievais de base latina) a e
significa “dor”, mas é provável que esse “dolo” seja a forma fenícia “dw” ou
“dwh”, que significa “estar doente, doença”. Assim, provavelmente a nossa
palavra “dó” tem realmente relação com “dolo”, mas este termo não é “latim
tardio”, mas antes a latinização medieval do termo fenício, que aparece escrito
em textos de base latina.
DOENÇA
Em fenício, “Dw” é “enfermo, doente”;
“dwh” é “doente, menstruada”; “dwi”, é “indisposição, doença, doente”. Parece haver uma relação com
episódio temporário (indisposição, menstruação). Por outro lado “anš” também significa “doença”, mas num sentido algo
diferente: em ugarítico é “doente,
débil, condenado”, e em hebraico antigo é “adoecer, incurável, calamitoso”; em acádio e em assírio-babilónio
“enešu” é respectivamente “enfraquecer-se, ceder” e “enfraquecer, decair”, e “enšu” em acádio é “ser fraco”. Em qualquer dos casos deve
ter sido da combinação dessas duas ideias base que surgiu a palavra “dwhanš”, e que veio a originar mais
tarde a nossa palavra “doença”. A origem da palavra geralmente aceite é a forma
latina “dolere”, que significa “sentir dor”.
DOIDO
Aceita-se habitualmente que a palavra “doido” tenha uma
origem obscura. No entanto, em fenício “døhdw” significa “conhecimento doente" ou
"sabedoria doente”, o que parece ser uma possibilidade de origem da palavra
portuguesa.
DOMINGO
Aceita-se que a nossa palavra “domingo” resulte do termo
latino “domínicus”, que significa “o que pertence ao senhor, ou a Deus” e que
passou a ser aplicado ao dia de culto, que entre nós é o domingo. Contudo “dômi”
ou “dômih” é em fenício “descanso”, “dômim”, é “sossego”, e “igiø” significa
“trabalho, labor”. Assim, por exemplo, “dômimigiø” (ler "dômimiguio") será “descanso do trabalho”.
É nestas situações em que melhor se observa que num fenómeno
de confluência das duas línguas. Parece que a língua é um organismo vivo e de consciência autónoma que procurou a solução que
satisfizesse os falantes de ambas as línguas originais - o latim e o fenício. Para os falantes de latim (maioritariamente o clero da classe
dominante) o novo termo “domingo” agradava, porque em seu entender se referia
ao culto nas suas igrejas e ao seu Deus; para o povo falante da velha língua
popular o novo termo fazia sentido, já que se referia ao dia de descanso. Assim
deve ter nascido o “domingo” - ainda hoje dia de culto e de descanso.
DOR
A palavra “dor” deve resultar de mais um fenómeno de
confluência entre o latim e o fenício. Em latim “dolore” é “dor” (física ou
psicológica); em fenício “dw” é “estar doente”, “dwh” é “estar doente” mas
também “estar menstruada”. Da fusão das duas palavras “dolore” e “dw”, nasceu a
nossa “dor”, que foneticamente é um compromisso muito interessante entre as
duas formas, e que do ponto de vista do significado conseguiu acumular os
significados provenientes dois termos originais: do latino retirou a “dor” mais
de carácter psicológico (dor moral, aflição, pena, etc.) e do fenício mantém o
significado ancestral de “menstruação” ainda usado nos nossos campos.
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