quinta-feira, 12 de junho de 2014

Como os latinistas escondem a origem fenícia da língua portuguesa

A ideia de que o português nasceu de uma língua a que podemos chamar “fenício” não é nova, apenas tem sido sistematicamente escondida por latinistas medíocres. Tentam fazer crer que a língua do povo foi esquecida e que esse mesmo povo (que somos nós) era constituído por uns matarruanos abrutalhados que não só deixaram de falar a sua língua, como nunca aprenderam a falar latim devidamente.

Contudo ao longo dos tempos muitos intelectuais constataram o óbvio: a língua que o povo falava antes da conquista romana era uma língua do grupo semita ocidental, que essa língua sobreviveu e é parte fundamental do português que falamos. Veja-se o que diz em 1712 D. Raphael Bluteau:

“(…) Primeiro que imperassem na Hispânia ao Romanos, é certo, que as duas nações a que chamamos Castelhana e portuguesa falavam alguma língua, se a língua Fenícia ou Cartaginesa, se outra composta destas duas, ou misturadas com idiomas de Gregos, Galos e outros povos adventícios, não o examino nem tenho notícia suficiente para decidir questão tão intricada como esta.”


D. Raphael Bluteau, “Vocabulário Portuguez e Latino” em 1712

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