Diz-se que quando a
comida se queima sabe, cheira ou tem “bispo”. É claro que este “bispo” nada tem
que ver com a igreja católica e as funções dos seus membros. Provém antes da
ideia de “oferta queimada de alimentos” ou “sacrifício queimado de alimentos”. Em fenício “b” ou “bi” (prefixo) significa “na qualidade de”, “ašh” ou “išèh” é
“oferta queimada, sacrifício queimado” e “spu” é “alimentos”. Portanto
“bišèhspu” [pronúncia provável - bichèespu] significa “alimentos queimados”, “oferta queimada de
alimentos”, “alimentos queimados no sacrifício”, etc. Quando se lê o Antigo
Testamento vê-se que este era um ritual comum: sacrificar um animal,
normalmente num sítio alto ou junto a uma grande árvore, e queimar uma parte
dele como oferta aos deuses. A avaliar pela localização da maior parte dos nossos santuários campestres, que ainda hoje se situam nos bicos das serras, junto a lapas ou nascentes, etc., aqui pela Ibéria passou-se precisamente o mesmo. Portanto, quando alguém disser que a comida tem "bispo", não culpem a Igreja, ne nenhum dos seus membros...
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