Folha número 279 da Carta Militar de Portugal
O conhecimento da antiga língua que, conjuntamente com o
latim, deu origem ao português atual, vai permitir ajudar os arqueólogos na
procura de vestígios do passado.
No caso do fragmento de mapa que se junta, quem quiser
encontrar uma fortaleza antiga pode pesquisar o cabeço chamado “Raposa”. Se
repararem verão que a casa junto se chama “Cardoso” e está numa região chamada “Tapada
dos Guerreiros”. O interessante é que o nosso “cardoso” deve ter nascido de “qaradu
oz”, que significa em fenício “fortaleza do guerreiro”.
Neste caso o “Raposa” deve ter vindo de “rabo oz”, que quer
dizer “fortaleza grande”.
Há muitos dezenas de “Cardos”, “Cardosa”, “Cardoso”, e outras
palavras da mesma família. Não se pense contudo que todas elas terão sido
semelhantes aos castelos medievais que preenchem o imaginário de alguns... Em muitos casos
terão sido apenas casas de chefes locais, mais ou menos fortificadas, mas que
podem ter deixado pouca marca perene no terreno.
Em qualquer dos casos, não usar o que já se sabe sobre a
língua dos nossos antepassados é no mínimo um desperdício.
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